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Gestão do Tempo vs. Ansiedade: Priorizando o que Realmente Importa

Atualizado: 5 de set.

Como organizar rotinas sem sobrecarregar a mente e encontrar paz na produtividade


crise de ansiedade

A Correria Moderna: Quando o Tempo se Torna Inimigo – A Síndrome do Esgotamento por Pressão Temporal


Vivemos sob o jugo da produtividade tóxica, uma cultura que glorifica o "business" (estar sempre ocupado) como um símbolo de status e valor pessoal. Neste paradigma, "render mais" não é mais uma meta, mas um mandato existencial. O resultado é uma vida governada por listas intermináveis, prazos surrealistas e a sensação crônica de inadequação — afinal, as 24 horas do dia são, inevitavelmente, insuficientes para um ideal inatingível.


Se você se reconhece nessa descrição, compreende que a má gestão do tempo transcende a mera desorganização logística. Ela se tornou uma fonte primária de ansiedade moderna, um ruído de fundo que drena energia mental, sabota o bem-estar e nos afasta de uma vida com significado. Este artigo é um convite para uma desobstrução existencial: repensar radicalmente sua relação com o tempo, resgatar suas prioridades essenciais e redescobrir a organização não como uma ferramenta de opressão, mas como um instrumento de libertação e paz interior.

A Psicologia do Tempo: Por Que a Má Gestão Gera Ansiedade?


A ansiedade gerada pela má gestão do tempo não é fraqueza; é uma resposta psicológica e fisiológica previsível a um ambiente percebido como incontrolável e ameaçador. Os mecanismos são profundos:


1. Sobrecarga de Tarefas: A Ilusão da Onipotência


  • Mecanismo Psicológico: Aceitar mais compromissos do que se pode cumprir é, muitas vezes, movido por uma necessidade de validação externa (o "complexo do herói"), medo de decepcionar ou dificuldade em estabelecer limites. Isso gera um estado de

    "déficit de atenção" crônico.


  • Impacto: O cérebro é constantemente forçado a alternar entre tarefas (multitasking), o que é cognitivamente custoso e reduz drasticamente a qualidade do trabalho e a eficiência. A sensação permanente de estar "para trás" ativa o sistema límbico, preparando o corpo para uma ameaça.


2. Falta de Prioridades Claras: A Tirania do Urgente


  • Mecanismo Psicológico: Confundir "urgente" (o que exige atenção imediata, mas é muitas vezes irrelevante) com "importante" (o que contribui para nossos objetivos de vida de longo prazo) é um erro estratégico catastrófico. Seguindo a matriz de Eisenhower, gastamos tempo apagando incêndios em vez de construir à prova de fogo.


  • Impacto: Leva a um trabalho frenético, mas vazio. No final do dia, há a exaustão da correria, mas não a satisfação de ter progredido no que realmente importa. Essa dissonância gera frustração e a sensação de estar preso em uma roda-gigante.


3. Procrastinação: O Paradoxo da Evitação


  • Mecanismo Psicológico: A procrastinação não é preguiça. É uma regulação emocional falha. Adiamos tarefas que evocam emoções negativas (tédio, ansiedade, insegurança, medo do fracasso). O alívio temporário de evitar a tarefa é imediatamente substituído pela culpa e pela ansiedade antecipatória, que só aumentam com o tempo.


  • Impacto: Cria um ciclo autodestrutivo: Ansiedade → Evitação → Alívio Curto → Culpa & Mais Ansiedade → Acumulo de Trabalho → Ansiedade Paralisante. Em seu ápice, esse ciclo pode precipitar uma crise de ansiedade aguda, com sintomas inconfundíveis:


    • Palpitações e taquicardia: O corpo reagindo a prazos como se fossem predadores.

    • Insônia: A mente se recusa a desligar, revirando a lista de tarefas não concluídas.

    • Pensamentos Catastróficos e Ruminação: "Nunca vou dar conta", "Vou ser demitido", "Sou um fracasso".

    • Sintomas de Burnout: Exaustão extrema, cinismo e uma sensação de ineficácia.


4. Hiperconectividade: O Sequestro da Atenção


  • Mecanismo Psicológico: Cada notificação, e-mail e alerta é um "interruptor de tarefas" não planejado. Essas microinterrupções fragmentam a concentração e impedem a entrada no estado de "flow", essencial para a produtividade profunda e satisfatória.


  • Impacto: O cérebro perde a capacidade de se focar por longos períodos. Desenvolvemos uma "fome de estímulos", ficando entediados e ansiosos com a quietude. Isso nos mantém em um estado de alerta superficial constante, impedindo o descanso mental verdadeiro.


Sinais de que Sua Gestão do Tempo Precisa de Ajustes: Um Guia de Autodiagnóstico


Os sintomas listados não são falhas de caráter ou simples "dias ruins". Eles são sintomas-sentinela de um sistema em colapso — indicadores críticos de que suas estratégias atuais para gerenciar demandas estão falhando e que o preço está sendo pago pela sua saúde mental e física. Reconhecê-los é o primeiro passo para evitar o esgotamento (burnout) e crises de ansiedade mais severas.


Sinais de que Sua Gestão do Tempo Precisa de Ajustes: Um Guia de Autodiagnóstico


Os sintomas listados não são falhas de caráter ou simples "dias ruins". Eles são sintomas-sentinela de um sistema em colapso — indicadores críticos de que suas estratégias atuais para gerenciar demandas estão falhando e que o preço está sendo pago pela sua saúde mental e física. Reconhecê-los é o primeiro passo para evitar o esgotamento (burnout) e crises de ansiedade mais severas.


1. Sentir-se constantemente sobrecarregado, mesmo após longas horas de trabalho


Este é o sinal cardinal da gestão do tempo disfuncional. A sensação de sobrecarga persistente, mesmo após uma jornada exaustiva, indica uma desconexão entre esforço e progresso. Você está se movendo, mas não necessariamente na direção certa ou de forma eficiente.


  • Causas Raiz:

    • Falta de Priorização: Você está gastando energia em tarefas de baixo impacto que não avançam seus objetivos reais.

    • Incapacidade de Delegar: A crença de que "se quiser algo bem feito, faça você mesmo" leva a um acúmulo insustentável de responsabilidades.

    • Perfeccionismo: Gastar um tempo desproporcional em detalhes irrelevantes, esgotando-se mentalmente para tarefas que já estão "boas o suficiente".


  • Implicação: Seu cérebro está constantemente em estado de alerta, tentando acompanhar uma lista de tarefas que é humanamente impossível de completar, levando à paralisia por análise.


2. Dificuldade para relaxar ou "desligar" do modo produtividade


Sua mente não consegue fazer a transição do estado "simpático" (alerta, foco externo) para o estado "parassimpático" (descanso, digestão, reparo). Isso é um sinal de que o sistema de "luta ou fuga" está cronicamente ativado.


  • Causas Raiz:

    • Fronteiras Difusas: A falta de um ritual claro para encerrar o dia de trabalho (e.g., fechar o laptop, desativar notificações) não sinaliza para o cérebro que é hora de parar.

    • Preocupação Rumiativa: A mente continua processando tarefas incompletas, prazos e interações mesmo após o horário de trabalho, muitas vezes levando à insônia.

    • Cultura do "Sempre Ligado": A expectativa (real ou percebida) de estar sempre disponível para responder e-mails e mensagens.


  • Implicação: O corpo não se recupera adequadamente. Isso impede a consolidação da memória, a reparação muscular e o reequilíbrio hormonal, criando um terreno fértil para ansiedade e doenças.


3. Esquecimento frequente de compromissos ou prazos


Isso vai além de uma "memória ruim". É um sintoma clássico de sobrecarga cognitiva. O córtex pré-frontal, responsável pela memória de trabalho e pelo gerenciamento de tarefas, tem uma capacidade limitada. Quando sobrecarregado, ele começa a "derrubar" informações.


  • Causas Raiz:

    • Falta de um Sistema Confiável: Confiar na memória em vez de anotar tudo em um sistema externo confiável (como um calendário ou app de tasks).

    • Multitasking: Tentar fazer várias coisas ao mesmo tempo impede a codificação adequada de novas informações na memória de longo prazo.

    • Estresse Elevado: O cortisol em excesso prejudica a função do hipocampo, uma região do cérebro crucial para a formação de novas memórias.


  • Implicação: Esquecer compromissos gera mais estresse, culpa e uma sensação de incompetência, alimentando ainda mais o ciclo de ansiedade.


4. Sensação de que o dia passa e nada importante foi realizado


Esta é uma questão de percepção de valor versus busyness. Você esteve ocupado o dia todo, mas não trabalhou nas tarefas que realmente alinham com seus objetivos principais e valores. É a diferença entre ser "ocupado" e ser "produtivo".


  • Causas Raiz:

    • Reatividade vs. Proatividade: Passar o dia respondendo a demandas externas (e-mails, mensagens, solicitações) em vez de seguir um plano estratégico para o seu dia.

    • Tarefas de Baixo Valor: Preencher o tempo com tarefas fáceis e agradáveis para evitar as difíceis e importantes (uma forma de procrastinação).

    • Falta de Metas Claras: Não definir uma ou duas Prioridades Máximas do Dia (PMD) para focar.


  • Implicação: Leva à frustração crônica e à desmotivação, pois não há uma sensação de progresso ou realização, corroendo a autoconfiança.


5. Sintomas físicos de estresse: dores de cabeça, tensão muscular, cansaço crônico


O corpo fala o que a mente ignora. A má gestão do tempo não é um problema abstracto; é um estressor fisiológico crónico. O corpo está permanentemente num estado de tensão de baixo grau, preparado para uma ameaça que nunca chega a materializar-se—a ameaça dos prazos e da sobrecarga.


  • Causas Raiz:

    • Tensão Muscular Sustentada: A postura de alerta (ombros elevados, mandíbula tensionada) contrai os músculos por longos períodos, causando dor.

    • Fadiga Adrenal: O sistema endócrino, constantemente solicitado a produzir cortisol e adrenalina, pode entrar em exaustão.

    • Sono de Má Qualidade: A mente acelerada impede o sono reparador, perpetuando o cansaço.


  • Implicação: Estes são os sinais mais graves, indicando que o stress já se manifestou a nível físico. É um aviso de que se não forem feitas mudanças, o caminho é para problemas de saúde mais sérios, como hipertensão, distúrbios de ansiedade generalizada ou burnout.


Experimentar estes sinais não é um fracasso. É um feedback. É o seu organismo e a sua psique a indicarem, de forma clara, que o modelo atual é insustentável. Ignorar estes sinais é correr o risco de que a sobrecarga evolua para uma crise de ansiedade generalizada ou síndrome de burnout, condições que requerem muito mais tempo e esforço para recuperar.


Como Organizar Sua Rotina sem Sobrecarregar a Mente: A Arte da Produtividade Consciente


A verdadeira organização não se trata de fazer mais em menos tempo, mas de fazer o que importa com clareza, foco e energia preservada. O objetivo final não é a produtividade por si só, mas a paz de espírito que vem de saber que seu tempo está alinhado com suas prioridades mais profundas. As técnicas abaixo são ferramentas para reduzir a carga cognitiva, eliminar a tomada de decisões desnecessárias e criar espaço mental para o que é verdadeiramente significativo.


1. Defina Prioridades com a Matriz de Eisenhower: A Bússola da Decisão


A matriz de Eisenhower não é apenas uma lista; é um quadro de avaliação estratégica que força uma mudança de mentalidade: da reatividade (fazer o que é mais urgente) para a proatividade (fazer o que é mais importante).


Aplicação Prática:


  • Quadrante 1: Faça Imediatamente


    • Filosofia: Estas são as verdadeiras crises e prazos iminentes. O objetivo é gerenciar sua vida para que este quadrante seja o menor possível, pois viver nele é extremamente estressante.

    • Como: Pergunte-se: "O que posso fazer para prevenir que esta tarefa se torne uma urgência no futuro?"


  • Quadrante 2: Agenda (O Coração da Produtividade Saudável)


    • Filosofia: Este é o quadrante mais importante para o crescimento e o bem-estar a longo prazo. Aqui residem o planejamento estratégico, o aprendizado, os relacionamentos, o exercício físico e o autocuidado. A chave é agendar estas atividades como compromissos inegociáveis consigo mesmo.

    • Como: Bloqueie tempo na sua agenda semanal primeiro para as atividades do Quadrante 2, antes que o dia seja preenchido por urgências dos outros quadrantes.


  • Quadrante 3: Delegue ou Simplifique


    • Filosofia: Muitas "urgências" são apenas prioridades de outras pessoas. Este quadrante é onde você pratica a arte de dizer "não" ou "não agora". Identifique tarefas que podem ser feitas por outras pessoas, automatizadas ou respondidas de forma mais simples (um e-mail curto vs. uma reunião longa).

    • Como: Crie modelos de resposta para perguntas frequentes. Treine sua equipe ou familiares. Pergunte: "É realmente necessário que eu faça isso?"


  • Quadrante 4: Elimine


    • Filosofia: Estas são as atividades de escape sem valor que preenchem o vazio por falta de intenção. A eliminação ativa dessas distrações é um ato de autopreservação.

    • Como: Faça uma "dieta de informação". Delete apps de redes sociais do seu telefone e acesse apenas pelo computador em horários específicos. Identifique os "vampiros de tempo" e corte-os.


2. Adote a Técnica do Time Blocking: O Seu Projeto de Dia


O Time Blocking vai além do agendamento; é a prática de projetar seu dia ideal no calendário, transformando-o em um plano visual que reduz a ansiedade e a tomada de decisões a cada momento.


  • Blocos Temáticos: Agrupe tarefas semelhantes (e-mails, chamadas, trabalho criativo, tarefas domésticas) em blocos específicos. Isso reduz o "custo de troca" mental entre tarefas diferentes.


  • Blocos de Energia: Agende tarefas que exigem alta concentração (trabalho profundo) nos horários do dia em que sua energia natural é mais alta. Deixe tarefas mais mecânicas para os períodos de menor energia.


  • Blocos Buffer: Crucialmente, agende blocos de tempo vazio entre reuniões ou tarefas grandes. Isso permite lidar com imprevistos sem desmontar toda a agenda e fornece um respiro mental.


3. Pratique a Regra do 80/20 (Princípio de Pareto): Foque no Essencial


O Princípio de Pareto é um lembrete de que a maioria dos nossos resultados vem de uma minoria de esforços. Aplicá-lo é um antídoto contra o perfeccionismo e a sobrecarga.


  • Análise Semanal: No final de cada semana, pergunte-se: "Quais 20% das minhas atividades geraram 80% dos meus resultados mais significativos (seja no trabalho, seja em casa)?"


  • Pergunta Poderosa: Antes de iniciar qualquer nova tarefa, pergunte: "Esta atividade está nos meus 20%? Ela me aproxima dos meus objetivos principais?" Se a resposta for não, questione sua real necessidade.


  • Aceite o "Bom o Suficiente": Para tarefas de baixo impacto (os 80%), estabeleça um padrão de "bom o suficiente" e evite gastar tempo polindo algo que não trará retorno significativo.


4. Estabeleça Limites Tecnológicos: Recupere o Controle da Sua Atenção


Sua atenção é o seu recurso mais valioso. Permitir que notificações e apps a sequestrem é abrir mão da sua soberania mental.


  • Modo "Foco" Ativo: Use os modos de foco do smartphone e do computador não como uma exceção, mas como a regra padrão durante os blocos de trabalho.


  • Ambiente de Trabalho "Single-Tasking": Feche todas as abas e aplicativos não essenciais para a tarefa em questão. Tenha apenas uma janela aberta de cada vez.


  • Design do Ambiente: Carregue o telefone longe da sua mesa de trabalho e da sua mesa de cabeceira. Compre um despertador real para evitar pegar no telefone logo ao acordar.


5. Inclua Pausas Intencionais: A Ciência do Ritmo


As pausas não são uma perda de tempo; são uma ferramenta cognitiva essencial. Elas permitem a consolidação da memória, a criatividade e previnem a fadiga decisória.


  • Ciclos de Foco: 25-50 minutos de trabalho ininterrupto seguidos de 5-10 minutos de pausa.


  • Pausas Ativas vs. Passivas: Não use as pausas para checar redes sociais ou e-mails. Isso não descansa o cérebro, apenas muda o estímulo. Em vez disso, pratique:

    • Movimento: Alongar, caminhar, beber água.

    • Conexão: Uma breve conversa com alguém.

    • Mindfulness: Respiração profunda, meditação de 5 minutos, oração.

    • Desconexão Total: Simplesmente olhar pela janela e não fazer nada.


  • Pausas Longas: A cada 4 ciclos de Pomodoro, faça uma pausa mais longa (15-30 minutos) para uma refeição ou uma caminhada.


Implementar estas estratégias é um processo de curva de aprendizagem. Comece com uma de cada vez. O objetivo não é preencher cada minuto do dia, mas criar uma estrutura que liberte a mente da ansiedade da desorganização.


Quando sua rotina reflete suas prioridades e respeita seus limites neurológicos, a produtividade deixa de ser uma fonte de estresse e se torna um fluxo natural de engajamento com o que realmente importa. A organização, então, se torna o caminho mais seguro para uma mente leve, focada e, finalmente, em p


Ferramentas Espirituais para uma Relação Saudável com o Tempo: Redimindo os Dias para a Glória de Deus


A relação moderna com o tempo é, em sua essência, uma crise espiritual. É a idolatria da produtividade, a ansiedade do controle e o esquecimento da nossa finitude. As ferramentas a seguir não são meras dicas de organização, mas disciplinas espirituais projetadas para resgatar nosso tempo da tirania do urgente e realinhá-lo com os propósitos eternos de Deus. É sobre trabalhar a partir de um lugar de descanso em Deus, e não para ele.


1. Lembre-se de que o Tempo é Dom de Deus (Salmo 90:12)


O Salmo 90, escrito por Moisés, contrasta a eternidade de Deus com a brevidade humana. A oração "ensina-nos a contar os nossos dias" é um pedido por sabedoria existencial. Não é sobre otimizar cada minuto, mas sobre compreender o valor sagrado do tempo (o "kairós" divino) dentro da nossa limitada existência ("chronos"). Reconhecer o tempo como um dom é o primeiro passo para deixar de ser seu escravo e se tornar seu mordomo.


  • Meditação Matinal: Comece o dia reconhecendo verbalmente: "Senhor, este dia é um presente Teu. Guia-me para usá-lo de uma forma que te honre".


  • Reflexão Vespertina: Ao final do dia, em vez de se lamentar pelo que não fez, agradeça pelo dom das horas vividas. Pergunte-se: "Como investi este dom hoje?"


2. Ore sobre Sua Agenda: Submetendo o Cronos ao Kairós


Orar sobre a agenda é um ato de submissão soberana. É reconhecer que os nossos caminhos não são os caminhos de Deus (Isaías 55:8) e que a nossa visão é limitada. É entregar a Ele não apenas as grandes decisões, mas os detalhes do nosso dia-a-dia, confiando que Ele pode ordenar nossos passos muito melhor do que qualquer aplicativo de produtividade (Provérbios 16:9).


  • Planejamento Semanal com Oração: Antez de abrir seu calendário ou lista de tarefas, dedique 10 minutos em silêncio. Peça: "Pai, quais são as Tuas prioridades para a minha semana? Mostra-me o que é verdadeiramente importante e o que é apenas barulho."


  • Decisão com Oração: Para novos compromissos, desenvolva o hábito de dizer: "Deixe-me orar sobre isso antes de dar uma resposta." Isso cria um espaço de discenimento entre a demanda e a resposta.


3. Descanse como Ato de Fé: A Obediência Radical do Sabbath


O descanso sabático é muito mais que um "dia de folga". É uma declaração teológica radical. É uma confissão de que o mundo não depende do nosso trabalho para continuar girando. É um lembrete semanal de que Deus é o provedor e nós somos seus dependentes. Descansar é afirmar que nossa identidade não está no que produzimos, mas em quem somos em Cristo — filhos amados, independentemente da nossa produtividade.


  • Guardar um Sabbath Digital: Além de descansar do trabalho, desligue notificações, e-mails e redes sociais por 24 horas. Use o tempo para atividades que restauraram sua alma: comunhão com a família, com a igreja, com a natureza e com Deus em oração e leitura devocional.


  • Micro-Sabbaths: Incorpore pequenos momentos de pausa intencional durante o dia para respirar, orar e reorientar-se. São "estações de recarga" espirituais.


4. Pratique o Contentamento: A Antítese da Correria


A comparação e a insatisfação são os motores da cultura da produtividade tóxica. O contentamento (Filipenses 4:11-13) é a prática espiritual de confiar na suficiência de Deus e de Sua provisão para o nosso tempo. É celebrar o "suficiente" de hoje, confiando que o que precisava ser feito, foi, e que o amanhã está nas mãos dEle.


  • Diário de Gratidão Produtiva: Ao final do dia, escreva 3 coisas concretas que você realizou (por menores que sejam) e 1 coisa pela qual está grato pela provisão de tempo daquele dia.


  • Abençoar os Outros: Quando surgir a tentação de se comparar, em vez disso, ore por aquela pessoa e celebre seu sucesso. Isso quebra o espírito de competição e ansiedade.


5. Use Versículos como Âncoras: Combatendo a Ansiedade com a Verdade


A ansiedade é uma forma de futurismo — vivemos mentalmente em um "amanhã" hipotético e catastrófico. A Palavra de Deus é uma âncora que nos traz de volta ao "hoje" da Sua presença e cuidado. Meditar em versículos específicos é uma forma de renovar a mente (Romanos 12:2) e capturar os pensamentos ansiosos que se levantam contra o conhecimento de Deus (2 Coríntios 10:5).


  • Cartões de Verdade: Escreva versículos-chave (Filipenses 4:6, Mateus 6:34, 1 Pedro 5:7) em cartões ou post-its. Coloque-os no monitor do computador, no espelho do banheiro, no painel do carro.


  • Memorização Meditativa: Escolha um versículo por semana para memorizar. Quando a ansiedade surgir, recite-o em voz alta, declarando a verdade sobre a mentira do medo.


O que Fazer se a Sobrecarga Gerar uma Crise de Ansiedade?


Uma crise é um sinal de que o sistema falhou. É um momento de parada obrigatória, não de pânico.


  1. Pare e Respire (Ação Física-Spiritual):


    • Afaste-se fisicamente da fonte de estresse (a tela do computador, a lista de tarefas).

    • Pratique a Respiração com Oração: Inspire profundamente enquanto pensa "Enche-me do Teu Espírito". Exale lentamente enquanto pensa "Entrego a Ti minha ansiedade". Repita 5-10 vezes. Isso acalma o sistema nervoso e reconecta-o com Deus.


  2. Reavalie sua Lista (Ação Prática em Fé):


    • Elimine o Não Essencial: Com uma mente mais clara, revise sua lista com coragem. Riscue tudo o que não é vital. Pergunte: "Isto é realmente necessário? Isto precisa ser feito por mim? Isto precisa ser feito agora?"

    • Peça Ajuda: Delegar é um ato de humildade e comunidade. É reconhecer que não somos super-heróis e que o corpo de Cristo foi designed para se ajudar.


  3. Lembre-se de Verdades Bíblicas (Ação Mental-Espiritual):


    • Declare 1 Pedro 5:7 em voz alta: "Pai, eu lango sobre Ti toda esta ansiedade agora, porque Tu tens cuidado de mim. Eu creio nisso." Aja como se você realmente tivesse lançado o fardo.


  4. Busque Apoio (Ação Relacional):


    • Não se isole. A ansiedade cresce na solidão. Um telefonema para um irmão ou mentor espiritual pode trazer perspectiva, oração e encorajamento. Eles são o "corpo de Cristo" tangível para você naquele momento.


Ressignificar nossa relação com o tempo através destas ferramentas é, em última análise, uma questão de adoração. É sobre a quem nós estamos servindo e glorificando com os nossos dias: aos ídolos da produtividade e da aprovação humana, ou ao Deus que nos dá o fôlego e o tempo, e que encontra o Seu prazer não no que fazemos, mas em quem somos Nele.


Se Você sente que a ansiedade está tirando sua paz


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crise de ansiedade

"E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê."

Marcos 9:23

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